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sexta-feira, maio 22

Khalil Gibran on Love

When love beckons to you, follow him,
though his ways are hard and steep.
And when his wings enfold you yield to him,
though the sword hidden among his pinions may wound you.
And when he speaks to you believe in him,
though his voice may shatter your dreams
as the north wind lays waste the garden.
For even as love crowns you so shall he crucify you.
Even as he is for your growth so is he for your pruning.
Even as he ascends to your height and caresses your
tenderest branches that quiver in the sun,
so shall he descend to your roots and shake them in
their clinging to the earth.
Like sheaves of corn he gathers you unto himself.
He threshes you to make you naked.
He sifts you to free you from your husks.
He grinds you to whiteness.
He kneads you until you are pliant;
and then he assigns you to his sacred fire,
that you may become sacred bread for God's sacred feast.

All these things shall love do unto you that you may
know the secrets of your heart, and in that knowledge
become a fragment of Life's heart.

But if in your fear you would seek only
love's peace and love's pleasure,
then it is better for you that you cover
your nakedness and pass out of love's threshing-floor,
into the seasonless world where you shall laugh,
but not all of your laughter, and weep,
but not all of your tears.
Love gives naught but itself and takes naught but from itself.
Love possesses not nor would it be possessed;
for love is sufficient unto love.

When you love you should not say,
"God is in my heart," but rather,
"I am in the heart of God."
And think not you can direct the course of love,
for love, if it finds you worthy, directs your course.

Love has no other desire but to fulfill itself.
But if you love and must needs have desires,
let these be your desires:
to melt and be like a running brook
that sings its melody to the night.
To know the pain of too much tenderness.
to be wounded by your own understanding of love;
and to bleed willingly and joyfully.
To wake at dawn with a winged heart and
give thanks for another day of loving;
to rest at the noon hour and meditate love's ecstasy;
to return home at eventide with gratitude;
and then to sleep with a prayer for the beloved
in your heart and a song of praise upon your lips.


Quando o amor acenar para você, siga-o,
mesmo que por caminhos ásperos e íngremes.
E quando suas asas o envolverem, renda-se a ele,
ainda que a lâmina escondida sob elas possa ferí-lo.
E quando ele falar a você, acredite no que ele disser,
mesmo que sua voz possa destroçar seus sonhos
do mesmo jeito que o vento norte devasta um jardim.
Pois mesmo que o amor coroe, ele também irá crucificá-lo.
Mesmo que o faça crescer, ele também irá podá-lo.
Mesmo que o faça ascender às alturas e acaricie seus ramos
mais tenros que ao sol tremulam,
também o faz descer às raízes e abala sua ligação com a terra.
Como os feixes de trigo, ele o mantém íntegro nele.
Debulha-o até deixá-lo nu.
Ele o transforma, livrando-o de sua palha.
Tritura-o até que você fique branco.
Ele o amassa até deixá-lo macio;
E então, em seu fogo sagrado ele o queima, para que você
se torne um pão sagrado no banquete sagrado de Deus.

O amor fará todas essas coisas a você para que você possa
conhecer os segredos de seu coração e com tal conhecimento
torne-se então um fragmento do coração da Vida.

Mas se em seu temor você não buscar senão
a paz e o prazer do amor,
então é melhor que você cubra sua nudez
e passe longe da área de debulhar do amor,
então, num mundo onde o ano não tem estações, você rirá,
mas não rirá todo o seu riso, e chorará,
mas não serão todas as suas lágrimas.
O amor nada dá senão a si mesmo e nada tira senão de si mesmo.
O amor não possui, nem é passível de ser possuído;
pois o amor é suficiente em si mesmo.

Quando você ama, melhor é você não dizer:
"Deus está no meu coração", mas diga assim:
"Eu estou no coração de Deus".
E não pense que você pode direcionar o curso do amor,
pois o amor direcionará o seu curso se considerá-lo merecedor.

Não há no amor outro desejo senão sua própria realização.
Mas se ao amar suas necessidades tiverem desejos,
permita que os desejos sejam esses:
o de derreter-se e correr livre como um riacho
que canta sua melodia para a noite.
O de conhecer a dor que há numa enorme ternura.
O de ser ferido pelo seu próprio entendimento do amor;
e o de sangrar com toda disposição e alegria.
O de acordar ao alvorecer com o coração alado
e dar graças por mais um dia de amor;
o de descansar ao meio-dia e meditar no êxtase do amor;
o de voltar ao lar ao entardecer sentindo gratidão;
e aí então dormir com uma prece pelo ser amado
em seu coração e uma canção de louvor em seus lábios.

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