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domingo, setembro 30

A dear friend's poem

De longa data, de muito longa data é esta amizade que
nem o tempo nem o espaço fazem diminuir ou permitem
esmorecer.

We've been friends for eons now!

Esta semana encontrei em teu canto um encanto de poema!

Obrigada por permitir que ele viesse para cá e ganhasse roupas inglesas.


Um olhar
por Cristina Bondezan


Deixa-me ser livre, de novo criança
Brincar com o passado, tripudiar com o futuro
Permita-me chorar num cantinho – pra ninguém ver
Fazer birra quando contrariada
Permita-me ter os melhores sonhos sobre uma nuvem densa
E até de repente cair, pois também sei levantar
Não vou longe nos meus devaneios de criança
Conheço uns tantos e os sei... improváveis
Quero apenas e tão somente ir
Para onde a imaginação me levar
Não te preocupes com minha tristeza de criança
Ela é efêmera como as paixões
E permeada de emoções e sentimentos
Que morrem ao entardecer, renascem pelas manhãs (de sol)
Crianças são protegidas pelo doce manto da ilusão
Tramado com fios magenta da fantasia
Deixa-me pecar, se é que crianças pecam conscientemente
Não faz diferença
Fica perto com o teu afeto
E eu te responderei com carinho
Enquanto você quiser, enquanto você merecer
Enquanto fizer sentido
Das alegrias retiro minhas forças
Para nunca me lamentar
Do medo farei vontade
De nunca te esquecer
Me ame enquanto criança
Já está ficando noite
E logo, logo vou crescer.



A glimpse
by Cristina Bondezan


Let me be free, be a child anew

Toy with yesterday, take delight in tomorrows
Let me cry in a little corner – so that no one sees

Throw a tantrum when annoyed
Let me have my best dreams on a cloud nine
And even suddenly fall down, for I’m also able to get up
I won’t stroll far away in my child's daydreaming
I’ve known a couple of dreams and I reckon them... unlikely
Going is but all I long for
Wherever my imagination takes me to
Don’t you worry about my child's sadness
It is as fleeting as passions are
And permeated by emotion and feelings
Which die at dusk to be a newborn at (sunny) dawns
Children are protected by the sweet cloak of illusion
Woven with magenta strands of fantasy
Let me sin, could children possibly consciously be sinful
It doesn’t matter
Linger on by me with your affection
And I am to respond with fondness
Whilst you long for it, whilst you deserve it
Whilst it makes any sense
From laughter I shall pull my strength
In order never to be regretful
Fear I shall turn into the will
To never come to forget you
Love me whilst I’m a child
It’s growing dark to night
And sooner than soon I shall grow up.

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